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Voar é um desejo que começa em criança!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Especial de Domingo

Começa a história dos supersônicos da FAB na Amazônia
A Força Aérea Brasileira sempre esteve presente na Amazônia. Vem sendo, ao longo das últimas décadas, fator de integração da região e prestando inestimáveis serviços à população que vive em localidades mais distantes dos grandes centros urbanos. Nas asas da FAB, os brasileiros da região Norte têm recebido remédios, alimentos, assistência médica e segurança. Para manutenção da soberania nacional sobre a floresta, além dos aviões posicionados em outras partes do território, a FAB conta com bases aéreas e destacamentos na região. É o caso das bases aéreas de Manaus, Porto Velho, Boa Vista e Belém.
Em dezembro de 2010 começou a história dos caças supersônicos da Força Aérea Brasileira na Amazônia. Juntando-se as Super Tucanos A29, helicópteros e cargueiros que operam na região, uma esquadrilha de aviões F5EM estabeleceu-se como o Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de Aviação, na Base Aérea de Manaus. O NINJA – Núcleo Infantojuvenil de Aviação deseja aos integrantes do 1°/4° Grupo de Aviação, Esquadrão Pacau, sucesso na missão de defesa da Amazônia.No dia 13 de dezembro de 2010, às 13h41, o F-5EM matrícula 4866 do 1°/4° GAV, Esquadrão Pacau, pousou na Base Aérea de Manaus. O momento histórico marcou a chegada da aviação de caça de alto desempenho à região Amazônica. A unidade transferida de Natal (RN) trouxe para o Amazonas seis aeronaves F-5EM, que agora formam a primeira linha na defesa da região Norte do país.
Capaz de atingir mais de 1,6 vezes a velocidade do som e de lançar mísseis que podem destruir alvos além do horizonte, os F-5EM vão fortalecer a defesa do espaço aéreo na Amazônia. "Em trabalho conjunto com o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo, nós estamos trazendo a capacidade de fazermos toda a vigilância do espaço aéreo da região, principalmente no que se refere à parte de defesa aérea, que é a missão primária do Esquadrão", explicou o Tenente-Coronel Fernando Mauro, comandante do 1°/4° GAV, em nota divulgada no endereço eletrônico da FAB. Ele pilotava a primeira aeronave que pousou em Manaus e diz que além de emocionante, o voo de chegada à nova sede do Esquadrão Pacau foi a consolidação de um trabalho. Foi uma preparação muito grande. Até o dia 3 de dezembro de 2010 a unidade cumpria missões com o jato Xavante AT-26, em Natal (Blog do NINJA do dia 05/12/10). Em paralelo, pilotos treinavam no F-5EM e mecânicos recebiam instruções de como fazer a manutenção desses caças.De acordo com o Brigadeiro Luiz Aguiar, Chefe do Estado Maior do Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR VII), a transferência do 1°/4° GAV para Manaus faz parte dos planos estratégicos da Força Aéra Brasileira. "A Estratégia Nacional de Defesa, que foi recentemente montada, prevê uma maior atenção nessa parte do nosso território, por isso a importância da transferência desse Esquadrão", afirma. Agora, os F-5EM do Esquadrão Pacau estarão mais próximos para qualquer acionamento e ainda poderão ser deslocados para outras bases, como Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO). Essa é a segunda unidade de combate da Força Aérea Brasileira transferida para a região amazônica em pouco mais de um ano. Em 2009, o 2°/8° GAV saiu de Recife (PE) e foi para Porto Velho (RO), onde recebeu novos helicópteros AH-2 Sabre.

Defesa na Amazônia
Criado em 1947 em Fortaleza (CE), o 1°/4° GAV já foi equipado com aviões A-28, B-25, P-47, F-80, TF-33 e AT-26. A unidade recebeu o apelido de "A Sorbonne da Caça" por ter cumprido a missão de formar os líderes da aviação de caça. Transferido para Natal em 2002, o Esquadrão Pacau entra agora em uma nova fase da sua história. "A selva está nos recebendo e nós temos como obrigação cumprir a nossa missão na Amazônia", afirma o Tenente Coronel Fernando Mauro, comandante da unidade.
O F-5EM é operado no Brasil desde 1975, mas nesta década passou por um processo de modernização realizado na EMBRAER. As aeronaves receberam novos computadores de bordo, radar, sistemas de auto-defesa e mísseis mais modernos, dentre outras melhorias. Além de Manaus, a Força Aérea Brasileira possui unidades de F-5EM em Canoas (RS) e no Rio de Janeiro.
Além dos F-5EM, a Base Aérea de Manaus também já conta com esquadrões equipados com helicópteros H-60 Blackhawk e aviões C-105 Amazonas, C-97 Brasília e C-98 Caravan. A capital Amazonense também é sede do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV). O órgão controla todos os voos na região setentrional do país e detecta eventuais tráfegos ilícitos que são interceptados pelas aeronaves de caça que patrulham a região.
A Amazônia também é protegida pelos 1°/3° GAV e 2°/3° GAV, baseados respectivamente em Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO). Essas unidades são equipadas com o A-29, um caça turboélice fabricado pela EMBRAER que se destaca pelo perfil de voo ideal para interceptar aviões de baixo desempenho.
Com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro Juniti Saito, foi realizada no dia 15 de dezembro de 2010 a solenidade de ativação do 1°/4° GAV, Esquadrão Pacau, na Base Aérea de Manaus (AM). De acordo com o Major Brigadeiro Antonio Carlos Bermudez, comandante da aviação de caça da FAB, a transferência do 1°/4° GAV e a sua dotação com novas aeronaves faz parte das ações do Comando da Aeronáutica em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa. "A Estratégia Nacional de Defesa em suas diretrizes contempla a necessidade do aumento do poder dissuasório e da capacidade de vigilância nessa região", afirmou. As aeronaves permanecem agora em alerta permanente na Base Aérea de Manaus.

COMARA completa 54 anos vencendo o desafio amazônico
A Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) comemorou, em dezembro de 2010, 54 anos como a maior construtora da Região Norte, projetando, construindo, equipando e recuperando aeroportos na Amazônia e, também, realizando obras civis e militares de interesse do Comando da Aeronáutica em quaisquer outras regiões do país. Criada no dia 12 de dezembro de 1956 - originalmente para construir, ampliar e pavimentar 56 pistas nas principais cidades da região amazônica – a Comissão viu sua missão e sua importância serem ampliadas, sendo capaz, hoje, de empreender qualquer obra de engenharia aeronáutica em qualquer lugar do país.
Ao longo dos seus 54 anos, a COMARA realizou 203 obras e desenvolveu um pioneiro e exclusivo conhecimento logístico para vencer as barreiras a serem transpostas para se construir em meio à selva.

Visite: www.fab.mil.br

Pesquise: Blog do NINJA-Núcleo Infantojuvenil de Aviação dos dias 16/07/10, 04/11/10 e 05/12/10